Doenças e Sintomas

Neuroesdoscopia

A neuroendoscopia surgiu no início do século 20 inicialmente com a finalidade de tratar alguns tipos de hidrocefalia - situação em que há um aumento do conteúdo liquido intracraniano.    Após um período latente tal recurso voltou a se desenvolver acompanhando sobretudo a evolução dos recursos de imagem e iluminação. Por exemplo, as técnicas de imagem 3D estão sendo incorporadas aos neuroendoscópios, e com um sistema semelhante aos dos televisores 3D domiciliares permitiu-se ultrapassar umas das barreiras relativas que havia dentro da neuroendoscopia: exatamente a falta de visão tridimensional, em profundidade. 

Com isso conta-se hoje com várias opções e modelos de neuroendoscópios, técnicas de abordagem, e indicações outras além da hidrocefalia.

Suas indicações atuais principais são:

 Indicação pioneira para o uso de neuroendoscópios antes mesmo dos sistemas de derivação com válvula. A neuroendoscopia permite:
1.    o tratamento de determinadas hidrocefalias causadas por obstrução de drenagem, evitando o uso de válvulas; 
2.    permite a comunicação entre áreas isoladas ou septadas e locais em que a drenagem esteja normal, por exemplo através de técnica conhecida como terceiro-ventriculostomia; 
3.    permite a visualização direta do posicionamento de cateteres intracerebrais nas poucas vezes que tal confirmação é necessária com precisão; 
4.    permite a diminuição da produção do líquido intracraniano conhecido como líquor através da cauterização das estruturas que o origina.

Sobretudo os pequenos, com pouca irrigação sanguínea, presentes dentro de cavidades conhecidas como ventrículos ou cisternas.

Seja de forma isolada ou combinada com outras técnicas de cirurgia cranio-facial a neuroendocoscopia permite:
1.    acesso aos tumores de hipófise ou de áreas adjacentes, através da cavidade nasal, com melhor visualização, melhor possibilidade de ângulos de trabalho, e com menor trauma facial se comparado às técnicas antes da neuroendoscopia;
2.    correção de complicações como a fístula liquórica.

Condições em que ocorre o fechamento prematuro do crânio com consequentes limitações e deformidades no seu crescimento.

Por exemplo identificando melhor as estruturas adjacentes a um aneurisma a ser clipado, ou mesmo conseguindo um melhor posicionamento de um clip quando visto em ângulos diferentes daqueles oferecidos apenas pelo microscópio.

A neuroendoscopia é portanto mais um recurso disponível no armamentário técnico da Neurocirurgia moderna. E embora não seja indicada para todas as patologias, pode sim, nos casos selecionados permitir ao neurocirurgião realizar procedimentos minimamente invasivos, menos traumáticos, com maior precisão e eficiência.