Discorreremos neste texto os principais aspectos da osteoporose. No entanto, seria míope de nossa parte analisar por um prisma estreito uma pessoa acima de 65 anos. Digo isto pois esta população apresenta um grande número dos casos, algumas condições clínicas e, não apenas a osteoporose.
A osteoporose é uma doença metabólica, generalizada que envolve a diminuição da Densidade Mineral Óssea (DMO). Trata-se de condição que evolui silenciosamente e que, muitas vezes é descoberta após uma fratura. E, infelizmente, mesmo após a fratura ocorrer, em boa parte dos casos, o diagnóstico da osteoporose não é estabelecido e, o tratamento não é efetuado.
As estatísticas demonstram a importância do problema por si. Possuímos atualmente 10 milhões de brasileiros com osteoporose. A cada ano, 2,4 milhões de brasileiros sofrem fraturas decorrentes da osteoporose. Os locais mais comprometidos são: colo do Fêmur, Coluna Vertebral, Rádio distal (pulso) e Úmero (braço).
Em virtude de complicações clínicas decorrentes destas fraturas, perdemos 200 mil pessoas por ano. Ainda nas fraturas, temos que 50% dos pacientes com fraturas de fêmur não conseguem mais deambular e 25%, necessitam de cuidados domiciliares prolongados. Após uma primeira fratura de fêmur, existe um risco aumentado de 2 à 5 vezes em apresentar uma nova fratura.
Aproximadamente, após os 35 anos de idade a DMO começa a diminuir. Esta diminuição é mais acentuada em mulheres, principalmente ao entrarem na menopausa (independente se precoce ou não). Temos como fatores de risco: pessoas da raça branca, com histórico familiar positivo para osteoporose, etilistas pesados, tabagistas, usuários de corticosteroides, portadores de doenças renais, hepáticas ou outras condições médicas crônicas, sedentárias, além das pessoas com alimentação pobre em cálcio e/ou não possuem o hábito de exporem-se ao sol (baixos índices de Vitamina D).
Estimasse que apenas 10% dos adultos após os 50 anos, recebam o suficiente de Vitamina D de forma natural. A dose recomendada varia entre diversos autores porém situasse entre 800 à 1000 U dia.
O consumo adequado de Cálcio é de aproximadamente 1.200 mg dia.
Neste momento devemos citar um hormônio, o Estrogênio. Este hormônio retarda a reabsorção do osso e fixa o cálcio na matriz óssea. É em virtude da queda do estrogênio na menopausa e após a menopausa que ocorre um aumento exponencial da perda da DMO podendo ocasionar a osteoporose.
O diagnóstico precoce da osteoporose é realizado através da Densitometria Óssea. Deve ser feito quando: mulheres acima dos 65 anos e em mulheres com menopausa independentemente da idade. Homens acima dos 70 anos ou com mais de 50 anos e portadores dos fatores de risco citados acima.
Apesar de algumas fraturas ocorrerem sem a necessidade de queda (fratura e depois cai), as estatísticas de quedas em idosos devem ser comentadas, assim como suas principais causas e, a maneira de evita-las (no tópico tratamento falaremos sobre isso).
Estudos evidenciam que, o risco de queda em idosos com 65 anos ou mais é de 30%, e, dos 80 em diante eleva-se para 40%. Assim, deve-se analisar estas estatísticas de forma conjunta com os dados descritos acima sobre a enorme e alarmante quantidades de fraturas. Pois quanto maior o índice de queda, maior será a prevalência das fraturas (tendo-se em vista que são as mesmas faixas etárias acometidas).
Desta maneira, veremos a condição, quedas em idosos, de forma mais pormenorizada. Avaliando-se em um período de 1 ano, caso o idoso não possua nenhum fator de risco a chance de queda é de 8% e, se possui 4 ou mais fatores de risco, o risco aumenta até 78%.