Também chamada discectomia percutânea a laser, descompressão percutânea de disco a laser, nucleoplastia percutânea a laser, nucleólise percutânea a laser ou descompressão assistida a laser este é um procedimento minimamente invasivo para tratamento da coluna, particularmente das hérnias de disco.
Procedimentos envolvendo a descompressão percutânea (através da pele) de disco intervertebral a laser destinam-se a aliviar a pressão intradiscal e eliminar os sintomas associados a compressão de estruturas nervosas adjacentes aos discos, com a vantagem de reduzir o trauma cirúrgico proporcionando melhor recuperação do paciente. São recomendados a pacientes que apresentem dor na coluna, com ou sem irradiação para extremidades, que corresponda a presença de hérnia de disco confirmada por diagnóstico radiológico (ressonância magnética) e que não melhora com o tratamento conservador (medicamentos e fisioterapia).
Uma das vantagens da descompressão percutânea do laser é o fato dela não proporcionar a remoção de material do disco. A técnica produz, de maneira assistida por imagem (radioscopia, Arco-C), a redução da pressão intradiscal através de vaporização do núcleo pulposo. Ou seja, através da absorção da energia do laser por certo volume da porção nuclear do disco a cirurgia promove o retorno da porção discal herniada em direção ao centro do mesmo devido ao gradiente de pressão gerado.
O laser pode ainda ser utilizado em conjunto com o endoscópio para auxiliar no tratamento das hérnias de disco, em que o laser isoladamente não trará benefício.
Outras vantagens deste tipo de intervenção é que ela pode ser realizada com anestesia local e leve sedação. Como o acesso ao disco é realizado através de agulha, há menos risco de sangramento, o tempo operatório é mais curto, a cicatrização é mais rápida, o tempo de recuperação também é menor e há menos dor no pós-operatório quando comparado com a técnica microcirúrgica.
O passo a passo consiste em: Após anestesia da pele, uma agulha de 18G é introduzida através da pele, até o centro do núcleo pulposo, com o auxílio do intensificador de imagem (Arco-C). Retira-se o mandril da agulha e introduz-se a fibra óptica que vai transportar o raio laser até o centro do disco. É calculada uma quantidade adequada de energia com comprimento de onda certo para causar a vaporização do núcleo pulposo. Depois de poucos minutos, o paciente já apresenta os benefícios da redução da pressão intradiscal.
Esta técnica é utilizada nos EUA, Europa e Japão há muito tempo. Está aprovada pelo FDA desde 1993.
Os procedimentos com uso de laser apresentam maior eficácia em hérnias de disco contidas, também chamadas de protusão, abaulamento. Hérnias extrusas podem se valer do benefício da técnica. Já hérnias de disco com a presença de fragmentos livres vistos na ressonância não devem ser tratadas com esta técnica.
O procedimento é realizado com o objetivo de proporcionar a alta do paciente no mesmo dia da intervenção. Recomenda-se o repouso em casa por 1 semana, e retorno as atividades laborais após esse período, desde que o trabalho não exija esforço físico.
Este tratamento é minimamente invasivo e indicado quando o tratamento conservador não funciona. Também é alternativa a tratamentos mais invasivos como a cirurgia. Trabalhando com alvos selecionados, é seguro e eficaz no manejo da dor, sem contar que tem baixo índice de complicações e efeitos adversos e rápida recuperação pós-operatória. Sempre deve ser realizado por profissionais capacitados e bem treinados.