ANDERLE NEUROCIRURGIA, NEUROLOGIA E CIRURGIA DE COLUNA

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Folha de Campinas - Fibromialgia piora com o inverno

As dores se intensificam com as baixas temperaturas, porém, o frio não deve desencorajar os pacientes a manter o tratamento, que inclui a prática de atividades físicas

As baixas temperaturas desagradam não apenas as pessoas que têm problemas respiratórios. O frio também é um dos inimigos de quem sofre com a fibromialgia, doença que é caracterizada por dores crônicas no corpo, cansaço constante, esquecimentos, ansiedade e até depressão.

O médico neurologista e neurocirurgião Diogo Valli Anderle, de Campinas, explica que as pessoas com fibromialgia têm uma sensibilidade aumentada a baixa temperatura e quando o frio chega, as dores constantes e em movimento, os inchaços e os formigamentos típicos do problema, incomodam mais.

Nesse período de temperaturas baixas, o especialista aconselha os portadores da doença a se agasalhar bem e a evitar a exposição ao frio e ao vento. Outra dica importante é manter a prática de atividade física, porém, em locais protegidos. "O exercício físico é indispensável nesta época do ano para se manter sem dor. Essa é a pior época para parar", ressalta.

Além da sensibilidade ao frio aumentada, das dores e das sensações de formigamento e de inchaço, outros sintomas da fibromialgia são zumbido no ouvido, desatenção, esquecimento, ansiedade e depressão.

A doença está ligada às condições de sensibilização central, ou seja, o sistema nervoso central (SNC) formado pelo cérebro e a medula, considera como dolorosos ou incômodos estímulos que normalmente não são para as demais pessoas.

Um dos principais desafios da fibromialgia é a dificuldade que o paciente tem em obter o diagnóstico correto, devido à variedade de sintomas. Além de descartar outras doenças reumatológicas e neurológicas que possam estar associadas às queixas, através de exames de imagem e laboratoriais, o paciente passa por avaliação clínica realizada em consultório, em que são pressionados de forma sistematizada 18 pontos dolorosos distribuídos igualitariamente entre os lados direito e esquerdo do corpo e quantificados o grau de dor.

Sem cura, mas com tratamento

Estima-se que aproximadamente 3% da população brasileira, ou seja, quatro milhões de pessoas, sofra com os desconfortos causados pela fibromialgia e que, desse total, apenas 0,5% sejam homens. "As mulheres com idades entre 35 e 60 anos são as mais atingidas", diz o neurocirurgião.

A fibromialgia é incurável, mas não incapacitante. O neurologista Diogo Anderle reforça que há tratamento capaz de devolver qualidade de vida aos pacientes. "O tratamento deve ser multidisciplinar, ou seja, envolve psicoterapia, exercício físico de baixa intensidade, como hidroginástica ou pilates, e medicamentos que atuam diminuindo a sensibilidade e que podem contemplar todas as alterações que acontecem na doença, como sono, dores, cognitivas, depressão e ansiedade", diz.

Sobre o neurocirurgião Diogo Valli Anderle

Formado em Medicina em 2002, fez residência em Neurocirurgia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É membro da Alzheimer´s Association, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, da Sociedade Brasileira de Coluna, da North American Spine Society (NASS) e da AO SPINE, uma comunidade internacional de cirurgiões de coluna. Dr. Diogo realiza cirurgias em hospitais de Campinas e atende em consultório no bairro Gramado. Também tem consultório em Piracicaba e em Amparo, onde mantém equipamento de última geração utilizado no tratamento da depressão.

Assessoria de Imprensa: Karina Fusco

Fonte: Folha de Campinas