- O aparelho disponível, conhecido como neuronavegador.
- A realização de imagens tomográficas e/ou de ressonância nuclear magnética dentro de protocolos específicos, e sua posterior fusão com o neuronavegador.
- Necessidade de um referencial fixo acoplado ao paciente durante todo o tempo da cirurgia.
Não é preciso nenhum corte ou punção adicional ao paciente para uso de tal tecnologia.
O Neuronavegador trabalha com principio semelhante de sensores disponíveis por exemplo nos videogames domésticos mais modernos. Existem sensores que percebem a posição da cabeça ou da coluna do paciente e também de instrumentos cirúrgicos e implantáveis, usados na procedimento.
Realizada a calibração inicial do paciente e desses instrumentos, o neuronavegador passa a mostrar, na tela, em três dimensões, e com precisão milimétrica, a localização da área de interesse (do tumor por exemplo), e a localização do instrumento do cirurgião - como uma pinça específica, no espaço. Desta forma, o cirurgião tem a possibilidade de estar a todo tempo conferindo sua cirurgia real com o planejamento prévio que seu conhecimento anatômico permitiu; sabe com maior facilidade, precisão e rapidez, por onde exatamente deve ir para chegar a um tumor, se existem vasos sanguíneos ou estruturas importantes no caminho da abordagem que possam ser evitados, sabe onde começa e onde termina determinada lesão, onde deve implantar tal dispositivo, etc...
Ou seja, pode-se ganhar precisão, segurança e rapidez, do início ao fim do procedimento.
Como toda tecnologia, os aparelhos que outrora eram grandes e de difícil transporte, tornaram-se portáteis e facilmente levados para onde quer que sejam necessários, democratizando o acesso a tal recurso.
É importante ressaltar que essa tecnologia auxilia e complementa porém jamais substitui o conhecimento técnico e anatômico adquiridos na formação do neurocirurgião. Portanto a utilização deste recurso não é de longe obrigatória ou indispensável para toda e qualquer cirurgia, e absolutamente constitui uma garantia de ausência de riscos ou complicações inerentes a todo procedimento cirúrgico. Mas, sem duvida, trata-se de uma tecnologia muito importante e que veio para ficar. Uma ferramenta usada já rotineiramente por neurocirurgiões do mundo inteiro.